Naquele dia levava no peito o peso defunto da tua memória. Nas mãos vazias o peso de sonho nenhum.
Em toda a parte, ao longo da rua, estavam crateras que me dificultavam o caminho. Pensei em transformar a tua memória em pó de estrelas cimentá-la com as lágrimas que choro…Pisar com força tudo o que não foi... as palavras que não me disseste, as mãos vazias … os momentos que não existiram…As esperas intermináveis, as viagens sem amor. Pisar, pisar, pisar.
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Já não tenho sede de ti, expulso-te do meu corpo em forma de água e pó de estrelas.

3 comentários:

Supermassive Black-Hole disse...

Em principio não vais conseguir encontrar o "Desejo ou Asa Leve" da Isabel de Sá, porque está esgotado desde o ano em que foi lançado, e nunca houve reposições.

Da Isabel de Sá conseguirás encontrar, caso procures nos sítios certos, outros livros, ou então a edição da QUASI do REPETIR O POEMA, que engloba todos os textos da Isabel, com excepção precisamente do Desejo Ou Asa Leve. No entanto, os outros valem a pena, até porque a Isabel tem livros melhores que esse.

Anónimo disse...

Belo espaço que tens aqui, belos textos, continua =)

mar disse...

esta é uma casa com tudo no sítio, cabeça, tronco e membros e a tua escrita é qualquer coisa de espectacular, devora por dentro devagar. fica parada como sangue coagulado, é lindo.

gosto sim, gosto.

um beijo terno*

COMMUNIC
"If happy times are too few and far between
It's a pity dear, we can't erase the things we've seen
So disappear, vanish if you wish
Just go before you're swallowed up by bitterness!"
( handsomeboymodelingschool/Moloko)